O custo previsto da obra é de R$ 4 milhões, com prazo de até 18 meses para finalização
Boate Kiss: obras devem começar neste ano. (Agência RBS/AP)
As obras do memorial em homenagem às vítimas do incêndio na Boate Kiss devem começar ainda neste ano, mas não há uma data definida. A promessa foi feita na noite dessa sexta-feira (28) pelo prefeito da cidade de Santa Maria (RS), Jorge Pozzobom.
Ele assinou termo de compromisso com o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Gabriel Rovadoschi. O documento, no entanto, não estabelece uma data para começar a construção, mas Pozzobom reafirmou que haverá comprometimento na realização da obra.
Um incêndio destruiu uma fábrica de colchões em Mossoró na noite desta segunda-feira (30), localizada na rua Felipe Camarão, bairro Aeroporto. As chamas destruíram toda a estrutura.
Foto: Reprodução.
Militares do Corpo de Bombeiros chegaram ao local por volta das 19 horas. Segundo Neves Monteiro, comandante do Corpo de Bombeiros de Mossoró, o incêndio “foi controlado em pouco mais de uma hora de trabalho e ficou restrito ao depósito da fábrica, não passando para áreas circunvizinhas.”
Até o momento ainda não se sabe o que pode ter provocado o incêndio.
Incêndio em Porto Alegre foi o segundo maior da história no país em número de mortos
Foto: Marizilda Cruppe / BBC News Brasil
O doutorando em Veterinária Gustavo Cadore, de 31 anos, chegou à boate Kiss por volta das duas e meia da manhã. Embora já tivesse ido lá outras vezes, nunca achou a casa tão cheia. Naquela noite, a festa ‘Agromerados’ reunia estudantes de seis cursos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Gustavo estava em frente ao palco quando, às três e dezessete, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, de 32 anos, acendeu um artefato pirotécnico. Em poucos segundos, uma fagulha alcançou o revestimento de poliuretano do teto do palco. As chamas logo se alastraram. Ao ouvir os primeiros gritos de “É fogo!”, Gustavo saiu correndo. Foi quando ouviu um estrondo e, em seguida, as luzes se apagaram. No empurra-empurra, caiu e foi pisoteado. “Não posso morrer aqui”, pensou.
Com dificuldade, o rapaz conseguiu se levantar. Por três vezes, tentou encontrar uma saída, mas não conseguiu. “Preciso me manter calmo”, repetia, baixinho. O longo caminho até a rua incluía, entre outros obstáculos, grades de ferro usadas na organização das filas.
Quando menos esperava, Gustavo avistou uma fresta de luz vinda do lado de fora. Cambaleante, cruzou a entrada do número 1.925 da rua dos Andradas, no Centro de Santa Maria (RS). Foi naquele endereço que, na madrugada de 27 de janeiro de 2013, 242 pessoas perderam a vida — 90% delas tinham entre 18 e 30 anos.
“Era impossível respirar. Parecia que respirava fogo”, relata Gustavo, um dos 636 sobreviventes da tragédia. “Até hoje, não me esqueço dos gritos de desespero. Nunca vão sair da minha cabeça”.
‘Cara, tua pele está caindo!’
Do lado de fora da boate, Gustavo sofreu um apagão. Acordou minutos depois, sentado no meio-fio.
Na rua, voluntários participavam do resgate das vítimas. Alguns deles, munidos de machados cedidos pelo Corpo de Bombeiros, tentavam improvisar uma “saída de emergência” na fachada do prédio.
Ainda desnorteado, Gustavo saiu vagando pelas ruas do bairro. De seus braços, saía uma fumaça preta. “Cara, tua pele está caindo!”, avisou um desconhecido. “Não, cara. Isso aqui é a minha camisa. Deve ter rasgado no tumulto”, explicou Gustavo. “Não, cara!”, insistiu o sujeito. “Tu tá sem camisa!”.
Foto: Kiss: Que Não Se Repita/Divulgação / BBC News Brasil
Foi quando Gustavo se deu conta, próximo a um poste de luz, que a pele de seu braço estava presa apenas pelo pulso. O universitário foi levado de ambulância para o Hospital da Caridade, em Santa Maria. E, de lá, transferido em um helicóptero para o Hospital de Pronto-Socorro, em Porto Alegre. Permaneceu em coma por nove dias. Quando acordou, no dia 5 de fevereiro, descobriu que teve 40% do corpo queimado.
A temperatura na boate, segundo estimativas, chegou a 300 graus na madrugada de 27 de janeiro de 2013.
‘Preciso devolver esses meninos e meninas para as suas mães’
Quando a enfermeira Liliane Duarte, de 48 anos, chegou à boate Kiss, por volta das quatro e quarenta e cinco da manhã, Gustavo Cadore e os demais sobreviventes já tinham sido socorridos.
Capitã do Hospital da Brigada Militar de Santa Maria, foi uma das primeiras pessoas a entrar no que sobrou da boate, enquanto os bombeiros ainda faziam o rescaldo do incêndio. Sua garganta queimava e seus olhos ardiam. Muitos policiais, ao se depararem com a pilha de corpos no hall de entrada, caíam no choro.
Àquela altura, os gritos de socorro ouvidos por Gustavo Cadore já tinham silenciado. Em seu lugar, o barulho incessante de dezenas de celulares. Em um deles, o visor trazia, ao lado da palavra ‘Mãe’, 134 ligações não atendidas… “Preciso devolver esses meninos e meninas para as suas mães”, pensou Liliane.
Agentes de quatro quartéis do Corpo de Bombeiros trabalharam no controle das chamas. Ninguém ficou ferido.
Bombeiros de quatro quartéis lutam contra chamas em garagem de ônibus em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
Um incêndio de grandes proporções atingiu a garagem de uma empresa de ônibus escolares em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (24). Pelo menos dez veículos foram destruídos. As chamas chegaram perto de um condomínio, que fica ao lado.
A garagem da empresa Unifrete fica na Estrada de Sepetiba, 650. Às 6h40, os bombeiros faziam o trabalho de rescaldo no local.
O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado às 5h29. Agentes de quatro quartéis atenderam a ocorrência: Santa Cruz, que foi o primeiro a chegar ao local, Sepetiba, Irajá e Campo Grande.
Não havia informações sobre feridos até a última atualização desta reportagem. Uma grande coluna de fumaça escura pode ser vista de longe.
A empresa atua no transporte de alunos de escolas municipais do Rio de Janeiro. De acordo com um funcionário, ele ouviu um estrondo no fim da madrugada e, logo depois, viu as chamas começarem a se espalhar.
Alguns ônibus, que não foram atingidos pelo fogo, foram manobrados para serem retirados da área das chamas.
Tragédia que matou 242 pessoas em boate de Santa Maria completa uma década nesta sexta-feira (27). Episódio motivou mudanças na legislação estadual de prevenção e combate a incêndios.
Bombeiro atua no combate ao incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no dia 27 de janeiro de 2013 — Foto: Reprodução/RBS TV
O incêndio que vitimou 242 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria, no dia 27 de janeiro de 2013, provocou mudanças na legislação do Rio Grande do Sul. Ainda naquele ano, em dezembro, a Assembleia Legislativa aprovou a “Lei Kiss”, com normas de prevenção e combate a incêndios a todos os imóveis não considerados como unifamiliares exclusivamente residenciais.
O g1 conversou com especialistas para entender como, 10 anos depois da tragédia, a legislação trata do tema no estado. O regramento foi modernizado após o incêndio, mas, desde então, vem sendo flexibilizado na avaliação de quem estuda o assunto.
“A lei [atualmente] dá a possibilidade de se correr o risco”, aponta Ângela Graeff, coordenadora do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança contra Incêndio da UFRGS.
“É o fim da Lei Kiss? A gente pode ter um grande incêndio e ter que fazer uma nova lei porque a atual já não cobre mais”, diz o diretor do Sindicato dos Engenheiros (Senge), João Leal Vivian.
O g1 também procurou o governo do estado, por meio da Casa Civil, para comentar as mudanças na lei. A pasta encaminhou as demandas à Secretaria da Segurança Pública, que respondeu aos questionamentos através do Corpo de Bombeiros Militar (CBM).
Comandante-geral da corporação até esta quarta-feira (25), quando foi anunciada a troca da chefia dos Bombeiros pelo governo do RS, o coronel Luiz Carlos Neves Soares Júnior, afirma que as medidas de prevenção seguem sendo cobradas e que proprietários, responsáveis técnicos e bombeiros atuam pela efetiva segurança de uma edificação.
“As alterações ocorridas na lei foram a nível processual (encaminhamento do plano), sendo mantidas inalteradas as exigências das medidas de segurança contra incêndio, que são efetivamente responsáveis por mitigar os riscos e as consequências do incêndio”, afirma.
O que é exigido atualmente:
Residência unifamiliar: isenta de licenciamento
Propriedade agrosilviopastoril: isenta de licenciamento
Atividade sem atendimento ao público ou estoque de materiais: isenta de licenciamento
Área de até 200 m² e até dois pavimentos (baixo risco): isenta de licenciamento, mas precisa dispor de extintores, sinalização e saídas de emergência, pessoa treinada para operar extintores e orientar retirada do prédio e é sujeita a vistorias extraordinárias
Área de até 750 m² e até três pavimentos (baixo ou médio risco): necessário apresentar Plano Simplificado de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PSPCI) com vistoria dispensada para emissão do alvará
Área superior a 750 m² e outros requisitos (alto risco): necessário apresentar Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) com vistoria dos bombeiros antes da emissão do alvará
Fogo se instalou em uma área de 200 quadrados e o local foi isolado pelos bombeiros. Não houve feridos e as famílias desalojadas foram para a casa de parentes.
Foto: Heitor Moreira/ EPTV
Um incêndio atingiu ao menos oito barracos no bairro Recanto do Sol, em Hortolândia (SP), na tarde deste domingo (22). Não houve feridos.
O caso ocorreu na ocupação do Recanto do Sol, que totaliza 144 barracos. De acordo com a Secretaria de Segurança da cidade, a ocorrência foi atendida por equipes da Defesa Civil, Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e secretarias de Habitação, Serviços Urbanos e Assistência Social.
As ações envolveram o combate ao fogo e acolhimento de moradores impactados pelo incêndio. Segundo a prefeitura, o fogo se instalou em uma área de 200 quadrados e o local já foi isolado pelos bombeiros.
Não houve feridos, apesar de muita fumaça no local. Corpo de Bombeiros acredita que curto-circuito pode ter gerado o incêndio
Um incêndio atingiu o Fórum de Planaltina (DF) na manhã deste sábado (14/1). De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), não houve feridos.
O fogo, de acordo com a corporação, se iniciou em um caixa eletrônico. A suspeita é de que um possível curto-circuito tenha se alastrado para áreas adjacentes.
“O combate as chamas foi rápido, porém a operação de ventilação para a retirada da fumaça foi demorada, devido ao tamanho da edificação e ao grande volume de fumaça produzido”, informou o CBMDF.
Uma equipe de quatro funcionários trabalhava no subsolo e realizou o desligamento da energia e do gerador do local. Logo após, perceberam a fumaça e saíram. Os bombeiros mobilizaram 25 pessoas em seis viaturas para atender a ocorrência.
Bombeiros foram chamados para controlar o fogo no Aeroporto Internacional Tom Jobim, que não teve grandes impactos na operação dos voos. Não há registro de feridos.
Um incêndio de grandes proporções destruiu um terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (18).
Por volta das 15h, o Corpo de Bombeiros informou que o incêndio havia sido controlado, mas imagens registradas às 15h50 pelo Globocop mostraram chamas ainda estavam fortes no local, aparentemente nos andares superiores do galpão. Às 18h15, os bombeiros entraram na fase de rescaldo do incêndio.
Incêndio atinge galpão no terminal de cargas do Aeroporto do Galeão — Foto: Reprodução/Globocop
A RioGaleão, empresa responsável pela gestão do aeroporto, informou que o incêndio não afetou a operação no aeroporto. Contudo, de acordo com passageiros, até as 14h30, sete voos estavam atrasados por conta do incêndio.
Ainda de acordo com a RioGaleão, assim que a área for liberada, representantes da empresa e operadores logísticos farão o levantamento dos estragos provocados pelo fogo.
Mulher iniciou combate às chamas antes da chegada dos Bombeiros. Ninguém ficou ferido.
Foto: Divulgação/Bombeiros
O Corpo de Bombeiros Militar controlou um princípio de incêndio em uma residência no bairro Tirol, zona Leste de Natal, nesta terça-feira (9). Na ocorrência, uma criança e uma mulher foram resgatados pelos militares.
Mãe e filho moravam na casa, localizada na rua Maria Auxiliadora. O menino dormia no momento em que o incêndio começou. A casa ficou tomada pela fumaça.
As chamas foram controladas pouco após a chegada dos Bombeiros ao local. De acordo com a corporação, o incêndio teve início após um curto-circuito em um ventilador.
Coube a mulher que estava na residência, iniciar o combate às chamas, concluído pelos Bombeiros quando chegaram ao local.
“Quando chegamos aqui, a situação já estava praticamente controlada porque a mãe conseguiu debelar as chamas. Ela foi uma heroína”, afirmou o sargento Esdras, que atuou na ocorrência.
Mãe e filho foram salvos sem ferimentos. A recomendação do Corpo de Bombeiros é que as instalações elétricas sejam instaladas por profissionais, obedecendo todas as normas de segurança.