Incêndio foi registrado na madrugada de segunda-feira (21). Bombeiros ainda temem volta de focos de chama.
A fábrica de calçados Alpargatas decidiu nesta terça-feira (22) dar férias coletiva de 10 dias a todos os funcionários da unidade de Santa Rita, na Grande João Pessoa, cujo local foi atingido por um incêndio de grandes proporções na madrugada de segunda-feira (21). A empresa não informou quantos funcionários foram afetados com a decisão.
Os bombeiros passaram boa parte da segunda-feira (21) tentando controlar o incêndio e um dia depois ainda trabalhava no local, mudando de local produtos inflamáveis que poderiam fazer as chamas voltarem a crescer.
De acordo com a empresa, o fogo se concentrou em um dos galpões, justamente onde eram fabricados os solados dos calçados, e por isso a produção precisou ser interrompida.
A previsão é que nesse período obras recuperem o local para que os funcionários voltem a trabalhar em segurança.
Conforme o Corpo de Bombeiros, cerca de 75% do teto do galpão cedeu a caiu por cima de um material combustível, o que atrasa o fim total do fogo.
O trabalho para apagar o fogo na fábrica contou ao todo com 20 viaturas. E, pelo menos, 50 militares se revezavam no trabalho.
O fogo atingiu também o almoxarifado da empresa, ainda de acordo com os bombeiros. Os produtos que estavam no espaço fizeram com que fosse mais difícil apagar as chamas.
Fauna mineira é composta, em parte, por animais pequenos, com baixa mobilidade. Eles não conseguem fugir e são atingidos pelo fogo, antes mesmo chegar o resgate
Setembro de 2021 está surpreendendo os mineiros com a quantidade de incêndios. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), neste mês há, em média, um foco ativo a cada seis minutos. Entre os diversos problemas gerados pelo fogo, está a morte de incontáveis animais, que acabam sendo carbonizados e desconfigurados pelas chamas, enquanto tentam fugir.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), as espécies de baixa mobilidade e que ficam expostas às chamas são as mais afetadas pelo efeito direto do fogo, como répteis (serpentes, lagartos), anfíbios (sapos), invertebrados e filhotes em geral. Porém, não há maneiras de saber, exatamente, quais animais são os mais afetados, com um dado além da classe que pertencem. “Não se sabe quais as espécies que mais fogem, mais morrem ou mais param nas estradas, isso porque existem muitas variáveis e não há um estudo sobre”, disse Thiago Stehling, médico veterinário do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que atua no Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA em Belo Horizonte (Cetas/BH). O veterinário explica que apesar da quantidade de incêndios em todo o estado, poucos animais conseguem ser resgatados com vida e levados para tratamento. “Muita gente acha que, por causa dessas queimadas, devem chegar vários animais queimados para tratamento. Na verdade, não e são muitos fatores que levam à essa situação”. “As características no nosso relevo, vegetação e fauna são alguns exemplos. Os animais silvestres ou são carbonizados e nem encontramos os restos mortais, pensando que a maioria da nossa fauna são de animais pequenos. Ou eles conseguem escapar. Poucos vão ser encontrados agonizando, com ferimentos ou queimados.” “Muitas vezes acontece de os animais estarem fugindo do fogo e serem atropelados nas estradas. Isso também é uma consequência do fogo. Mas não temos informações detalhadas do histórico dos animais que chegam de atropelamento.”
A tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), entra para a história brasileira como o maior incêndio dos últimos 50 anos – e o segundo maior no país em vítimas fatais.
São Paulo – O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, chocou o Brasil: são 231 mortes confirmadas (a maioria por asfixiamento dentro da casa lotada e com apenas uma saída) e dezenas de feridos – muitos ainda em estado grave. A tragédia foi a segunda maior do Brasil em número de vítimas fatais.
Confira outros 9 grandes incêndios que comoveram o país e também terminaram com muitas vidas perdidas:
Tragédia do Gran Circus Norte-Americano (RJ)
Em 1961, um ex-funcionário do Circo quis se vingar do chefe após ter sido demitido. Adilson Alves tinha antecedentes criminais e problemas psicológicos. Junto com dois comparsas, usou gasolina para colocar fogo na lona que, feita de uma composição com parafina, se incendiou com rapidez e caiu em cima das quase três mil pessoas que assistiam ao espetáculo.
No local, 503 pessoas morreram, 70% das vítimas eram crianças. Mais de mil pessoas ficaram feridas.
Edifício Joelma (SP)
Em 1974, um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado no 12º andar do prédio paulistano deu início a um incêndio que se espalhou rapidamente pelos móveis de madeira, pisos acarpetados e forros internos de fibra sintética. Em pouco tempo, as escadas foram tomadas pelo fogo e pela fumaça, impedindo as pessoas de evacuarem o prédio.
Mais de 180 pessoas morreram no incêndio que reacendeu as discussões sobre segurança e preparo para prevenção e combate a incêndios.
Vazamento em Cubatão (SP)
Em 1984, centenas de litros de gasolina foram espalhados no mangue próximo a uma favela em Cubatão por conta de um vazamento. Pouco tempo depois, uma ignição causou o incêndio do material e matou vários moradores.
Segundo os número oficiais, foram 93 mortes.
Lojas Renner (RS)
Em 1976, um edifício onde funcionava as Lojas Renner em Porto Alegre sofreu um incêndio que matou 41 pessoas e deixou outras 60 feridas. Muitas vítimas se jogaram do prédio de sete andares, que não tinha um terraço apropriado para resgate por helicópteros.
Edifício Andorinha (RJ)
No Rio de Janeiro, um prédio no centro da cidade sofreu um curto-circuito no sistema elétrico que, em 1986, gerou um incêndio que matou 21 pessoas e feriu mais de 50.
Edifício Grande Avenida (SP)
Dois anos antes da tragédia no edifício Joelma, um prédio também paulistano já tinha passado por situação similar. Em 1972, um fogo de causa ainda desconhecida – imagina-se que tenha ocorrido uma sobrecarga no sistema elétrico – se espalhou pelo prédio no centro de São Paulo e chegou a causar explosões que fizeram o edifício tremer. O evento foi televisionado ao vivo e a população se chocou com as cenas de pessoas se atirando do prédio. A maioria dos sobreviventes conseguiu chegar ao último andar do edifício e aguardou resgate de lá.
Foram 16 mortos e 330 feridos.
Creche Uruguaiana (RS)
Em 2000, um curto-circuito em um aquecedor incendiou uma creche em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Doze crianças entre 2 e 4 anos morreram e duas funcionárias da escola (inclusive a diretora) foram presas.
Show no Canecão Mineiro (MG)
Em 2001, um acidente com a queima de fogos no palco gerou um incêndio que matou sete pessoas e deixou mais de 300 feridos em Belo Horizonte. A casa de show não tinha alvará para funcionamento e o proprietário, um produtor e dois músicos foram condenados.